'Teve assessor que votou no lugar de vereador', afirma Menezes durante sessão da Câmara de Rio Preto
Declaração ocorreu durante sessão em meio a impasse sobre voto com relação a emendas incluídas no projeto da LDO

Em sessão tumultuada e novamente marcada por discussões nesta quinta-feira, 26, o vereador Jorge Menezes (PSD) afirmou que um assessor parlamentar votou pelo celular no lugar de um vereador em uma das emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A proposta enviada pelo prefeito de Rio Preto, Coronel Fábio Candido (PL), foi colocada em pauta para duas sessões extraordinárias. Sem acordo prévio sobre a votação de 14 emendas, os vereadores passaram a analisá-las individualmente. A maioria está sendo rejeitada com votos da base aliada do chefe do Executivo.
A votação de uma emenda apresentada por João Paulo Rillo (Psol) terminou empatada em 11 a 11. O presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), chegou a proferir o voto de minerva contra a proposta. No entanto, como não havia confirmação de presença do vereador Dinho Alahmar (PL), o voto dele foi anulado. Com isso, a emenda acabou rejeitada por 11 votos a favor e 10 contrários. Eram necessários ao menos 12 votos para aprovação.
‘Assessor votou’
Durante o impasse, Menezes declarou que, na votação anterior — da emenda que fixa em 1,55% o valor da receita do ano anterior da Prefeitura para as emendas impositivas — houve 19 votos favoráveis. Segundo ele, um assessor teria votado no lugar de um vereador, sem mencionar nomes. A declaração foi feita enquanto parlamentares conferiam o resultado da votação da emenda que previa 1% do Orçamento para a Cultura. Algumas votações ocorreram de forma remota.
"Como diz o nosso regimento para votar? Precisa ver isso aí. Teve voto no meu projeto que quem votou foi assessor aqui. Estou falando, eu estava aqui na frente. Tem testemunha aqui. Isso é muito grave. Se o vereador não está presente, se ele não está conseguindo entrar (remotamente), ele perde a votação", afirmou Menezes, que prosseguiu: "Teve assessor que votou no lugar de vereador. É muito grave isso. Do meu projeto, tô dizendo. Teve assessor aqui que votou pelo telefone, pelo vereador. Agora, no meu projeto. A gente achou estranho. Até funcionários acharam estranho também", afirmou. "Tem de ver nosso regimento. Isso aí pode dar problema", disse.
Procurado pela reportagem, Jorge Menezes não informou a qual vereador o assessor estaria vinculado. Já o presidente da Câmara, Luciano Julião, afirmou que irá conversar com Menezes sobre o assunto.